Padeiro é morto á tiros em Nova Iguaçu tentando defender sua filha

Valdemir Araújo Lima de 46 anos e que trabalhava como padeiro, foi morto no bairro da Posse em Nova Iguaçu, atingido por pelo menos 10 tiros ao tentar defender sua filha. O principal suspeito do crime é o genro do homem, que segundo a família minutos antes teria agredida a mulher e depois foi armado até a casa de Valdemir, onde efetuou os disparos. O crime aconteceu no último domingo (4). 

Segundo Jayanne Santos Lima, de 24, filha do morto, a briga com seu marido, um motoboy, de 31, começou após ela esquecer a chave de casa na mochila do filho que tinha ido dormir na casa do avô. "Estávamos em uma festa. Mas, meu filho, que tem 1 ano, dormiu e meu pai o levou, junto com a minha enteada de 3 anos. Só que a chave da casa onde morávamos ficou na mochila. A festa acabou e fomos para casa [no bairro Jardim da Veiga]. Lá, ele pulou a janela e me deixou para fora de casa. Eu perguntei se ele me deixaria para fora e ele disse que era para eu dar o meu jeito", lembra ela. 

A mulher disse que chegou a bater duas vezes no portão e após isso, o suspeito teria saído de casa enfurecido e passou a agredi-la. 

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"Eu dei dois tapas na porta e ele já saiu me batendo. Me esmurrou, estapeou e me jogou escada abaixo, já que morávamos no segundo andar. Eu saí correndo pela rua e os vizinhos me levaram para a casa do meu pai". Não satisfeito o homem foi até a casa de Valdemir e tentou disparar contra ela, nesse momento seu pai entrou na frente e foi baleado. 

"Quando eu já estava lá com o meu pai, ele chegou armado e começou a me ameaçar. Eu estava com o nosso filho no colo e ele apontou para mim. Meu pai pediu para ele ir embora, para ele parar com aquilo, pois iria chamar a polícia. Foi nesse momento que ele atirou 10 vezes no meu pai. Foi na minha frente, na frente do nosso filho. Ele matou o meu pai", contou a mulher aos prantos. 

Após o crime o suspeito fugiu, Valdemir chegou a ser encaminhado para o Hospital Geral de Nova Iguaçu, mas não resistiu. "Ele acabou com duas famílias. Ele é um monstro e precisa pagar pelo que fez", completou Jayanne. 

A Polícia Civil informou que tenta localizar o suspeito.