Mãe e namorado são presos após submeter criança a abusos sexuais em troca de boneca
A menina só receberia o presente se participasse ao menos 10 vezes da "brincadeira", como a mãe chamava a ação criminosa
Uma mulher chantageou a própria filha de 7 anos para ser vítima de abusos sexuais em troca de uma boneca tipo "baby born", sonho de consumo de muitas crianças, com valor estimado entre R$190 e R$500. A menina só receberia o presente se participasse ao menos 10 vezes da "brincadeira", como a mãe chamava a ação criminosa cometida por ela e pelo companheiro. Após a denúncia da avó materna, ambos foram presos em flagrante pela Delegacia da Criança e Adolescente Vítima (DCAV) na última segunda-feira (5), em Campo Grande, na Zona Oeste.
Segundo o relato da criança à avó, os abusos ocorreram pelo menos cinco vezes, sempre com a promessa de ganhar a boneca. A avó informou à polícia que notou um comportamento diferente na filha e na neta após a menina passar as férias com a mãe, de 26 anos. Por isso, decidiu instalar câmeras de segurança na residência da suspeita, e, por meio dos equipamentos, pôde comprovar o crime sexual. A família reside no mesmo terreno, mas a menor fica sob os cuidados da avó, pois, segundo relatos de parentes, a mãe da menina era negligente.
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As investigações apontaram que a vítima era obrigada a realizar sexo oral, além de filmar o casal mantendo relações sexuais. Há pelo menos 5 anos, o homem envolvido no crime, mantinha uma relação extraconjugal com a mãe da menina.
Durante a busca nos celulares dos suspeitos, os policiais encontraram diversos vídeos pornográficos, produzidos por eles e que explicitavam a participação da vítima. Além disso, em depoimento informal, a mulher confessou sentir prazer em submeter a criança aos abusos. Porém, o homem tentou se eximir da culpa, alegando que a ideia de envolver a menor partiu dela. Diante das evidências, o casal será indiciado pelos crimes de estupro de vulnerável e produção de material pornográfico infantil. Caso sejam condenados, a pena máxima pode chegar a 23 anos de prisão."