Incêndio em aldeia indígena de Maricá segue sem autores identificados
Território indígena, que abriga abriga cerca de 160 pessoas, foi alvo de incêndio na última sexta (09)
O incêndio que atingiu uma aldeia indígena em Maricá na última sexta (09) segue sem autores identificados. O terreno da aldeia Mata Verde Bonita aguarda equipe da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e da Polícia Federal para perícia do espaço, que foi queimado no Dia Internacional dos Povos Indígenas. Para a comunidade que vive no local, o incêndio foi criminoso.
O território abriga 46 famílias - cerca de 160 pessoas. Segundo Suzana, uma das responsáveis pelo espaço e filha do cacique Tupã Nunes, o espaço que foi alvo de incêndio era onde funcionava o Instituto Nhandareko, iniciativa cultural. "O Instituto foi um presente que o então presidente da França, na época, deu pro pai durante uma visita. É aqui que a gente oferece cursos, encontros e mantem tradições", explicou Suzana.
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Materiais deixados por uma das apoiadoras francesas, a artista Delphine Gabbri Lawson, foram perdidos no incêndio. Além disso, um fogão, sofás, pratos e copos também foram perdidos. A aldeia também perdeu o acesso à internet. Dois suspeitos foram vistos por moradores da aldeia passando em uma motocicleta nos arredores da aldeia pouco antes do incêndio, de acordo com os líderes da comunidade.
Em nota, a Prefeitura de Maricá destacou que repudia veementemente o ataque. "A Secretaria de Participação Popular e Direitos Humanos está acompanhando o caso junto às lideranças indígenas e em contato com a Funai, para dar todo o suporte necessário ao povo Guarani", disse, em nota, a Prefeitura.