GAECO/FTMA denuncia responsáveis pelo vazamento de informações da operação que prendeu os executores de Marielle e Anderson
A denúncia foi recebida pela 33ª Vara Criminal
A Força-Tarefa do Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado para o caso Marielle Franco e Anderson Gomes (GAECO/FTMA) do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) denunciou à Justiça o policial militar Maurício da Conceição dos Santos Júnior (conhecido como Mauricinho), Jomar Duarte Bittencourt Júnior (o Jomarzinho), e Maxwell Simões Corrêa (Suel), pelo crime de obstrução de investigação envolvendo organização criminosa. De acordo com o GAECO/FTMA, Jomar Júnior vazou a notícia para o policial militar que, por sua vez, repassou para Maxwell as informações sobre a operação Lume – deflagrada em 12 de março de 2019, ocasião em que foram presos Ronnie Lessa e Elcio Vieira de Queiroz.
Segundo informações apuradas em procedimento investigatório criminal (PIC) do GAECO/MPRJ, foram encontradas conversas, via WhatsApp, nas quais os denunciados tratam expressamente da deflagração de operação policial relacionada ao “Caso Marielle”, que ocorreria na madrugada seguinte à troca de mensagens entre eles. Na ocasião, Ronnie Lessa foi preso enquanto tentava fugir do condomínio residencial Vivendas da Barra, abordado já na via pública.
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Na inicial da ação penal, os promotores de Justiça destacam que o vazamento causou prejuízo não apenas à operação Lume, mas também à apuração dos homicídios e de outros crimes a ele relacionados. As investigações do GAECO/FTMA posteriormente possibilitaram a identificação, denúncia e prisão dos autores intelectuais e terceiros envolvidos nos crimes de homicídio consumado contra Marielle e Anderson e do homicídio tentado contra Fernanda Gonçalves Chaves.
A denúncia foi recebida pela 33ª Vara Criminal. Dos pedidos requeridos pelo GAECO/MPRJ, o Juízo deferiu a suspensão do exercício da função pública e a suspensão do porte funcional de arma do policial militar Maurício da Conceição dos Santos Júnior. Foi determinando, ainda, que o denunciado Jomar Junior não mantenha contato com as testemunhas arroladas no processo ou com os demais denunciados, se apresente bimestralmente em Juízo e fique proibido de se ausentar do Rio de Janeiro sem prévia autorização judicial.