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Transplantes de órgãos com HIV: polícia prende um dos sócios do laboratório

Suspeito é acusado de emitir laudos falsos

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 14 de outubro de 2024 - 09:04
Laboratório PCS Saleme
Laboratório PCS Saleme -

Na manhã desta segunda-feira (14), Walter Vieira, um dos sócios do laboratório de análises clínicas PCS LAB Dr. Salame, foi preso pela Polícia Civil do Rio. A Delegacia do Consumidor (Decon) realiza a operação Verum após a comprovação da emissão de laudos fraudulentos que resultaram no transplante de seis órgãos contaminados com HIV para pacientes. No total, o objetivo é cumprir quatro mandados de prisão e onze de busca e apreensão em Nova Iguaçu e na capital carioca.

As investigações indicam que os laudos foram falsificados por um grupo criminoso e usados pelas equipes médicas, induzindo-as ao erro, o que levou os pacientes a serem contaminados. 

Além dos casos dos transplantes, existe a suspeite de que o PCS LAB Dr. Salame teria falsificado laudos em outros casos, afirma a Polícia Civil. Segundo a corporação, diligências complementares estão sendo realizadas para identificar todos os profissionais envolvidos no esquema criminoso. O laboratório também atuava em, pelo menos, outras doze unidades de saúde estaduais, como hospitais, institutos, UPAs e centros especializados.

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Os suspeitos são investigados por crime contra as relações de consumo (art. 7º, inciso VII da Lei 8.137/90), associação criminosa, falsidade ideológica, falsificação de documento particular e infração sanitária, entre outros.

Walter Vieira é marido da tia do ex-secretário de Saúde e deputado federal Luiz Antônio de Souza Teixeira Júnior, o Doutor Luizinho (PP). Outro sócio do PCS Lab Saleme também é parente do parlamentar: Matheus Sales Teixeira Bandoli Vieira, que é primo dele e já foi empregado da Fundação Saúde. A irmã de Luizinho, a dentista Débora Lúcia Teixeira Medina de Figueiredo, é diretora na Fundação Saúde, empresa responsável pela escolha do laboratório. A contratação aconteceu três meses depois que ele deixou a secretaria. O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) continua investigando para verificar se houve irregularidades no contrato.

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