Caso Marielle: júri de defesa de ex-policiais é composto só por homens
Julgamento dos réus começou nesta quarta-feira (30)
Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz, assassinos declarados da deputada Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, estão em júri popular, nesta quarta-feira (30), no 4º Tribunal do Júri do Rio, no Centro do Rio de Janeiro. O corpo de sete jurados de defesa está composto somente por homens.
Às 9h55 desta quarta, um sorteio para definir a composição do júri foi realizado, em que 5 homens e 2 mulheres foram selecionados. Porém, a acusação e defesa podem recusar até três jurados de cada lado sem precisar de justificativas.
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Atualmente, os réus respondem por duplo homicídio triplicamente qualificado (motivo torpe, emboscada e recurso que dificultou a defesa da vítima) e pela tentativa de homicídio contra Fernanda Chaves, na época, assessora de Marielle, única sobrevivente do ataque. O crime aconteceu em 14 de março de 2018, no Estácio, bairro central do Rio.
Lessa e Queiroz foram presos pouco menos de um ano após o crime. Ambos acordaram, separadamente, delações premiadas com a Polícia Federal. A partir delas, respostas para as perguntas "Quem mandou matar Marielle? E por quê?" começaram a ser resolvidas anos depois do assassinato, quando os nomes dos supostos mandantes — Domingos Brazão, Chiquinho Brazão e Rivaldo Barbosa — foram levantados. Nos depoimentos, deram detalhes do planejamento, da execução do crime e do que se sucedeu para encobrir as provas e apagar rastros.