Vigia é morto a tiros em tentativa de assalto em Caxias
Márcio de Souza Gonçalves, 31, estava em uma moto, quando foi abordado por bandidos, que fugiram sem levar nada
Um vigia foi morto a tiros em uma tentativa de assalto, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Márcio de Souza Gonçalves de 31 anos, estava indo de moto para o trabalho em Botafogo, Zona Sul do Rio, quando foi abordado por bandidos armados na Avenida Govenador Leonel de Moura Brizola, no bairro São Bento. O crime aconteceu no último sábado (2) e o corpo da vítima foi sepultado neste domingo (3), no Cemitério Nossa Senhora das Graças.
Márcio saiu de casa por voltas das 16h. Sua esposa Andressa, começou a estranhar, quando não recebeu nenhuma mensagem do marido sobre ter chegado no serviço, já que o trajeto demorava apenas 40 minutos. Ao não conseguir entrar contato com seu companheiro, Andressa resolveu contatar o trabalho do marido, nesse momento, foi quando ela foi informada que ele não havia chegado.
Com isso, a mulher resolveu ir até o local onde a moto que levava Márcio, teria sido vista, mas ao chegar, ela foi informada que ele foi vítima de uma tentativa de assalto, acabou sendo baleado e não resistiu. Testemunhas relataram à mulher que o homem foi abordado pelos criminosos, que teriam ordenado que ele levantasse a camisa, mas nesse momento um dos assaltantes teria se assustado com o movimento e atirado em Márcio. Os bandidos foram embora sem levar nada.
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"Não levaram a moto, não levaram o celular, não levaram a carteira. Só levaram mesmo a vida dele, fizeram essa covardia", lamentou Andressa. De acordo com a Polícia Militar, equipes do 15º BPM (Duque de Caxias) foram acionadas para uma ocorrência de homicídio na Avenida Governador Leonel de Moura Brizola, onde encontraram um homem morto por disparos por arma de fogo. O caso foi encaminhado para a Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF) e o policiamento reforçado na região. A Polícia Civil informou que realizou perícia e investiga a autoria e motivação do crime.
Casados a 10 anos, o casal tem um filho de 8 anos de idade. "Eu preferi não esconder, para ele não ficar com a sensação de que o pai dele vai chegar a qualquer momento. Eu levei ele no velório, ele chorou, se despediu e agradeceu ao pai por tudo que fez por ele, por amar ele", disse Andressa, que prestará depoimento nesta terça feira (5), na DHBF.
Ao se despedir, a mulher descreveu seu marido como um homem trabalhador, ótimo pai e marido, atencioso e muito ligado com a família: "Ele era um esposo maravilhoso, lutava muito, trabalhava muito. Ele tinha carteira assinada, mas sempre fazia 'bicos' no trabalho para poder ganhar um extra para poder pagar as contas de casa, proporcionar uma vida estável para o filho dele. Ele não deixava faltar nada dentro de casa, era um menino trabalhador, um menino família. Sempre que ele estava em casa, ele ia me buscar no trabalho, antes passava na casa da mãe, ficava um pouco com ela. Nós somos evangélicos, a gente ia para igreja, saía para passear. Ele vivia assim, trabalho, casa, igreja e família, era a nossa vida. Era uma pessoa excelente, por onde ele passava, brincava com todo mundo, queria a felicidade de todo mundo, queria estar perto de todo mundo".