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Motorista morto em São Gonçalo tinha voltado a trabalhar em aplicativo há pouco tempo; “estava super feliz”

Polícia Civil investiga a morte do motorista, que foi baleado durante assalto no Pita

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 07 de novembro de 2024 - 18:17
"Ele era uma pessoa maravilhosa", conta esposa da vítima
"Ele era uma pessoa maravilhosa", conta esposa da vítima -

Familiares de Anízio Carlos da Cunha, de 45 anos, estiveram no IML de Tribobó na tarde desta quinta (07) para reconhecer o corpo do motorista de aplicativo, que foi morto a tiros enquanto trabalhava no Pita, em São Gonçalo, nesta quarta (06). Morador de Niterói, a vítima tinha voltado a trabalhar pelo aplicativo há pouco tempo, segundo a esposa.

“Ele trabalhou em aplicativo por algum tempo, mas tinha saído. Trabalhou com telefonia. Mas a vida na escala 6x1 é puxada e a gente viu uma janela para conseguir comprar um carrinho para ir trabalhar [com aplicativo]. Desde que voltou a dirigir por aplicativo, ele estava super bem, super feliz. Tava conseguindo ganhar mais do que estava ganhando e trabalhando menos, fazendo os horários dele”, conta a professora Daniella Carvalho, de 44 anos, esposa de Anízio.

Nesta quarta (06), o motorista saiu de casa, no Ingá, para trabalhar normalmente e chegou a dizer para a esposa que não chegaria tão tarde. “O rastreador parou às 18h50, numa rua principal no Centro de São Gonçalo. Mandei mensagem, liguei e nada. Só consegui notícia bem depois, quando consegui falar com minha cunhada. Ela já estava com ele no hospital, ele fazendo cirurgia”, conta a companheira, que estava com o motorista há cerca de um ano.


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Anízio foi vítima de um assalto na Rua Doutor Porciúncula. Os criminosos levaram seu carro, pertences e efetuaram dois disparos contra o motorista. Baleado no tórax, ele foi levado para o Centro de Trauma do Hospital Estadual Alberto Torres (Heat), no Colubandê, mas não resistiu. Ele deixa duas filhas.

“Eu não sei como é que vai ser daqui para frente. A gente dividia tudo: as tarefas da casa, as contas. Ele era uma pessoa maravilhosa e a gente vivia muito bem. A gente tinha uma vida de pobre, mas uma vida tranquila. Ele tinha os hobbies dele: era músico multi instrumentista, voava de parapente… Ele amava fazer musculação todo dia. Eu nunca pensei que ia estar passando por isso agora”, conta Daniella.

Outros amigos e familiares também estiveram no IML para prestar suporte. “Ele tinha um coração enorme, foi uma pessoa espetacular. Ninguém tem nada o que falar mal dele. A gente estava até marcando um passeio em breve. Infelizmente, não vai mais ser possível”, destacou o cunhado de Anízio, André Luiz, de 54 anos.

A Divisão de Homicídios de São Gonçalo, Niterói e Maricá (DHNSG) está investigando o crime. Até a tarde desta quinta (07), não haviam informações de suspeitos. A Polícia Civil apurava informações que pudessem ajudar na localização do veículo roubado. Ainda não há informações a respeito do sepultamento.

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