Major preso por planejar morte de Lula e Alckmin é de Niterói
Militar já tinha sido preso por tentativa de golpe de Estado
Um dos militares presos na operação policial que investiga um plano para matar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi capturado em Niterói. O major do Exército Rafael Martins de Oliveira foi preso em sua casa, no município, onde já cumpria medidas cautelares por conta de outras acusações. Ele é acusado de integrar uma organização criminosa que teria planejado um atentado para matar, além do presidente, o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro do STF Alexandre de Moraes após o resultado das eleições em 2022.
Rafael já havia sido preso no início do ano, em fevereiro, acusado de participar de um núcleo de militares que planejava uma tentativa de golpe de Estado junto de ex-ministros do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Rafael estava afastado do Exército desde então e cumpria medidas cautelares em casa, fazendo uso de tornozeleira eletrônica. A informação foi divulgada pela emissora CNN Brasil e confirmada pelo Exército.
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O major fazia parte do grupo de agentes das Forças Especiais do Exército, conhecidos como "kids pretos". Além de Rafael, a Polícia Federal (PF) prendeu, nesta terça (08), outros três kids pretos acusados de participar do planejamento de atentado: o general de reserva Mario Fernandes, o tenente-coronel Helio Ferreira Lima e o major Rodrigo Bezerra Azevedo. O policial federal Wladimir Matos Soares também foi preso na ação. Os quatro militares estavam no Rio do momento da prisão e um deles iria realizar um balanço da operação do Exército no G20, apesar de não ter trabalhado na segurança do evento.
Os cinco são acusados de elaborar um "detalhado planejamento operacional, denominado 'Punhal Verde e Amarelo'", que tinha o objetivo de executar Lula e Alckmin no dia 15 de dezembro de 2022, de acordo com as investigações da PF. Os planos ainda incluíam um atentado para matar Alexandre de Moraes, que vinha sendo monitorado pelo grupo.
Ainda de acordo com a Polícia Federal, as informações e os indícios do crime foram encontrados em dados já investigados em outras operações. Parte desses dados estava nos aparelhos do coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro.