Operação Torniquete: Polícia Civil realiza operação no Complexo da Penha para cumprir mandados de busca e apreensão
A ação deixou ao menos cinco pessoas feridas
A Polícia Civil realiza, nesta terça-feira (3), a Operação Torniquete, no Complexo da Penha, localizada na Zona Norte do Rio de Janeiro, para cumprir mandados de prisão e busca e apreensão contra líderes do Comando Vermelho. Entre os procurados está o traficante Edgar Alves de Andrade, conhecido como Doca. As primeiras informações apontam que pelo menos cinco pessoas ficaram feridas durante a ação.
A Operação Torniquete tem o apoio da Polícia Militar e do Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público, e também de agentes das polícias civis do Ceará e Pará.
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Fora os órgãos já mencionados, também contribuíram com a operação, aproximadamente 18 unidades, sendo elas a Secretaria do Estado de Polícia Militar do Rio de Janeiro, com a participação das equipes da Subsecretaria de Inteligências, do Comando de Operações Especiais (COE) - Bope, BPChq, BAC e GAM, da Coordenadoria de Polícia Pacificadora (CPP) e mais 13 batalhões da área da corporação.
Segundo a Polícia Militar, a ação reuniu mais de 900 policiais civis e militares, e contou também com a utilização de quatro aeronaves.
Durante a operação, houve trocas de tiros, e dificuldade dos policiais entraram na comunidade com os blindados, uma vez que os criminosos instalaram barricadas de fogo. Ao menos cinco blindados circulam dentro do complexo, que conta com o apoio de um helicóptero que sobrevoa a região.
Por causa do confronto entre policiais e criminosos, pelo menos cinco pessoas ficaram feridas. Uma das vítimas a jovem, Ágatha Alves de Souza, de 22 anos, foi atingida na perna enquanto estava no ponto de ônibus. A vítima foi encaminhada para o Hospital Estadual Getúlio Vargas (HEGV) onde foi submetida a uma cirurgia. O estado de saúde da jovem é grave. De acordo com informações repassadas pela unidade de saúde, os outros feridos, Tamires Silva Soares, Manuel Rodrigues de Sousa e Davyson Aquino da Silva, já foram atendidos e receberam alta.
As investigações da Polícia Militar, apontaram que os traficantes do Comando Vermelho, ordenam o roubo de cargas e veículos para financiar a “caixinha” da facção, que possibilita a compra de armas de fogo e munição, além de pagar um valor ao familiares dos integrantes presos da organização e de lideranças do grupo.
O Complexo da Penha é onde acontecem as ordens de disputas territoriais entre criminosos rivais, como aponta a Polícia Civil. Além disso, também há a migração de criminosos de outros estados, como Pará e Ceará, para o Rio de Janeiro.