Preso denuncia extorsão de R$ 600 mil em hospital penitenciário do Rio
Os citados negam irregularidades
Um detento do Complexo de Gericinó, no Rio de Janeiro, denunciou que foi pressionado a pagar R$ 600 mil para obter um laudo médico que garantiria sua transferência para prisão domiciliar. A denúncia foi encaminhada à Justiça por meio de cartas enviadas pelo preso, que alega ser vítima de extorsão praticada por funcionários do Hospital Penal Hamilton Agostinho, dentro do próprio complexo prisional. O caso foi mostrado pelo RJ2.
O preso, Cleiton Oliveira Meneguit, obeso e em recuperação de cirurgias, relatou que recebeu abordagens diretas para o pagamento da propina enquanto estava internado. A Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) abriu investigação e identificou possíveis envolvidos, incluindo o ex-diretor da unidade, Thiago Franco Lopes, o subdiretor Aleksandro dos Santos Rosa e o chefe de segurança Márcio Santos Ferreira, todos já exonerados.
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Outros acusados incluem profissionais de saúde e advogados, que, segundo a investigação, teriam intimidado a companheira do detento durante uma visita à sua casa. Imagens do circuito interno registraram o encontro, que está sob análise da Corregedoria da Seap.
A denúncia inclui transferências bancárias apresentadas como prova e aponta a existência de uma organização criminosa formada por policiais penais. O caso foi encaminhado ao Ministério Público para aprofundamento das investigações.
Os citados negam irregularidades. A Seap afirmou que está empenhada em punir os responsáveis e reforçar o combate a práticas ilícitas no sistema prisional.