Identificado corpo encontrado em geladeira na BR-101, em Niterói
Corpo de universitário de 22 anos será sepultado nesta quarta-feira
Era do universitário Gabriel Alves Ferreira, de 22 anos, o corpo que foi encontrado na última sexta-feira (3) dentro da carcaça de uma geladeira abandonada na Avenida do Contorno (BR-101), no bairro Barreto, em Niterói. A identidade foi confirmada pela Polícia Civil, aos familiares, nesta terça-feira (7) após análise no Instituto Médico Legal (IML), devido ao estado avançado de decomposição do corpo.
Gabriel desapareceu na madrugada do dia 1º de janeiro, após assistir à queima de fogos de Réveillon na Praia de Icaraí, Zona Sul de Niterói, com amigos. O grupo decidiu continuar a festa no MACquinho – Centro Cultural de Cidadania e Economia Criativa localizado no Morro do Palácio. Durante a festa, por volta das 3h30, o grupo de amigos do jovem se envolveu em uma confusão com uma pessoa que estava armada, e isso acabou resultando em seu desaparecimento.
Segundo testemunhas, Gabriel teria pegado uma arma que caiu no chão durante o conflito e a jogado fora, tentando evitar um tiroteio. Enquanto os amigos conseguiram escapar, Gabriel foi capturado pelos criminosos. De acordo com relatos, ele teria sido executado próximo ao local.
Leia também:
A dor de uma mãe: Gonçalense busca respostas para o desaparecimento do filho no Réveillon
Criminosos com uniformes falsos da Light são presos em flagrante roubando cabos no Rio
A família empreendeu buscas incessantes desde o desaparecimento. Marilena Alves, mãe de Gabriel, desabafou emocionada dias antes de localizar o corpo do filho: “Eu sei que ele está morto, mas precisamos dar a ele um enterro digno. A dor é insuportável”.
Na sexta-feira, transeuntes encontraram o corpo dentro de uma geladeira e acionaram os policiais do 12° BPM (Niterói). Contudo, no local não foi possível fazer nenhuma ligação ao caso de Gabriel, já que o corpo não estava identificado. O caso passou a ser investigado por agentes da Delegacia de Homicídios de Niterói e São Gonçalo (DHNISG), e após exames o cadáver foi identificado.
Justiça e dor
Gabriel, que cursava Educação Física e trabalhava como goleiro de aluguel, era descrito como um jovem alegre, apaixonado pelo Flamengo e admirado por sua coragem. Ele possuía diversas tatuagens, incluindo um escudo do Flamengo no peito, e usava piercing na sobrancelha direita. Na noite do desaparecimento, vestia uma camisa branca, bermuda de tactel e chinelos da mesma cor.
O caso mobilizou moradores de São Gonçalo e Niterói, que expressaram solidariedade à família e cobraram ações mais eficazes das autoridades. Marilena Alves afirmou: “Nada vai trazer meu filho de volta, mas eu preciso de respostas e de justiça”.
O sepultamento do jovem ocorre nesta quarta-feira (8) com caixão fechado e sem velório.
A DHNISG segue investigando o caso. Câmeras de seguranças estão sendo analisados e testemunhas serão ouvidas novamente. Quem tiver informações que ajudem a identificar e prender os responsáveis pode entrar em contato com o Disque-Denúncia pelo número 2253-1177. O anonimato é garantido.