Polícia Civil do Rio prende casal suspeito de matar médico em Minas Gerais
A polícia identificou o casal durante ações de inteligência voltadas para o combate à ação de milicianos que atuam na região
A Polícia Civil do Rio prendeu, nesta segunda-feira (13), um casal suspeito de assassinar um médico em Inhapim, Minas Gerais, em outubro do ano passado. Kauê Ferreira da Silva, de 27 anos, e a esposa dele, Maria Eduarda Vitorino, 18 anos, foram localizados por agentes da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especais (Draco) e da Subsecretaria de Inteligência (SSI) em Campo Grande, Zona Oeste do Rio.
Contra os dois suspeitos foram cumpridos mandados de prisão preventiva expedidos pela 1ª Vara Cível, Criminal e de Execuções Penais da Comarca de Inhapim.
A polícia identificou o casal durante ações de inteligência voltadas para o combate à ação de milicianos que atuam na região. De acordo com as investigações, Kauê e Maria Eduarda chegaram ao Rio há pouco tempo e estavam escondidos.
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De acordo com a Draco e a SSI, Kauê o casal não resistiu à prisão. Os dois foram levados para a Cidade da Polícia e estão à disposição da Justiça mineira.
Homicídio
O médico Paulo Francisco Correia de Barros, de 71 de anos, foi encontrado morto em 28 de outubro de 2024, em sua propriedade na Zona Rural de Inhapim, em Minas Gerais. O corpo tinha sinais de violência.
Quem acionou as autoridades foi a família do médico, que atuava como oftalmologista, após não conseguir fazer contato com ele. O corpo de Paulo tinha marcas de dois tiros e também ferimentos na cabeça.
De acordo com a polícia mineira, o assassinato ocorreu após uma discussão de Paulo com Kauê. O médico estaria insatisfeito com os serviços prestados pelo caseiro. Após o bate-boca, o oftalmologista saiu da casa armado, mas foi surpreendido por Kauê, que conseguiu tomar a arma depois de uma luta.
Maria Eduarda, ainda conforme as investigações, também participou das agressões. Ela, segundo a polícia, deu socos e chutes em Paulo. Depois, golpeou a cabeça do idoso com um facão. O médico tentou fugir, mas foi novamente atacado.
Kauê e Maria Eduarda tiveram a prisão preventiva decretada no dia seguinte ao crime. Ambos foram indiciados pelos crimes de homicídio triplamente qualificado, fraude processual, furto qualificado e porte ilegal de arma de fogo.