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Membro de igreja na Zona Oeste do Rio é preso por suspeita de abusar sexualmente de crianças

Vítimas teriam sido aliciadas na entidade da qual eles faziam parte; Líder da unidade religiosa afirmou que o homem foi expulso

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 10 de fevereiro de 2025 - 12:52
De acordo com informações da 34ª DP (Bangu), o crime vinha sendo praticado pelo homem há pelo menos 2 anos
De acordo com informações da 34ª DP (Bangu), o crime vinha sendo praticado pelo homem há pelo menos 2 anos -

Uma suspeita de abuso sexual de crianças tomou conta de uma igreja evangélica na Vila Aliança, em Bangu, Zona Oeste do Rio. Na manhã desta segunda-feira (10), um obreiro foi preso por suspeita de abusar de duas meninas, de 11 e 13 anos no ano passado. As vítimas teriam sido aliciadas na entidade.

De acordo com informações da 34ª DP (Bangu), o crime vinha sendo praticado pelo homem, que era responsável por uma escolinha dentro da Igreja Pentecostal Tempo de Avivamento (IPTA), há pelo menos 2 anos e, segundo os investigadores, os chefes da unidade religiosa teriam tentado evitar que o caso viesse à tona.

Segundo a polícia, um dos abusos cometidos pelo homem teria sido descoberto após o mesmo enviar áudios para a vítima de 11 anos, pedindo fotos e vídeos de cunho sexual. Ainda de acordo com os agentes responsáveis pelo caso, os pais da menina teriam procurado a igreja afim de buscar esclarecimentos, porém, responsáveis da unidade tentaram dissuadi-los de denunciar o caso na delegacia. Mesmo assim, a família da criança foi à 34ª DP (Bangu) e realizou um registro de ocorrência.


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Na última sexta-feira (7), familiares de outra vítima foram à delegacia para também registrar um boletim de ocorrência. No sábado (8), a Polícia Civil pediu à Justiça do Rio um mandado de prisão preventivo contra o homem, que foi aceito. A juíza Nathalia Calil Miguel Magluta, do Plantão Judiciário, expediu um mandado, que foi cumprido nesta segunda-feira (10).

Quando ouvidos os áudios, tivemos uma sensação de repulsa, tendo em vista que ele se dirigia com falas de cunho sexual para uma criança de 11 anos. Ele mesmo falava o que estava fazendo com a menor [...] É importante ressaltar que esse tipo de crime é subnotificado. Isso significa que, na maioria das vezes, tem menos vítimas do que de fato a polícia tem ciência. Inclusive, temos notícias de que outras vítimas optaram por não procurar a polícia após serem coagidas pela igreja. Então, pedimos que outras vítimas procurem a delegacia para que medidas adicionais sejam tomadas", ressaltou a delegada Isabel Diniz, assistente da 34ª DP, em entrevista ao g1.

Em uma rede social, o líder da Igreja Pentecostal Tempo de Avivamento (IPTA), pastor Juan Marco, afirmou que a direção "não compactua com nenhum tipo de dano indevido a membros ou a nenhuma pessoa que entra na congregação".

A defesa do obreiro ainda não se manifestou sobre o caso.

Versão da igreja

Ao g1, o pastor Juan Marco deu sua versão sobre o caso.

"Há 1 ano ele estava em uma festa com adolescentes e 10 dias depois, chegou para a gente que ele tinha apalpado uma adolescente. A mãe falou o que tinha acontecido, e chamamos os envolvidos. Ele e a mulher (que é líder dos adolescentes) negaram, assim como os adolescentes que estavam na festividade. Mesmo assim, ele foi afastado das funções. Depois de 3 meses, ele voltou, já que não havia provas sobre o ocorrido", afirmou o pastor.

"Agora, nos chegou essa denúncia, com áudios e provas, ele foi afastado imediatamente e excluído da igreja. Imediatamente, eu levei o material para a esposa dele e fomos à delegacia. No primeiro caso não tinha como provar, nesse segundo sim. Fomos nós que estivemos com a família na delegacia", disse o líder religioso.

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