Militar acusado de filmar adolescente incendiando morador de rua é preso no Rio
Suspeito teria ajudado adolescente a transmitir crime ao vivo em rede social
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Um militar do Exército, de 20 anos de idade, foi preso pela polícia do Rio nesta sexta-feira (21). Ele é apontado como o responsável por filmar e transmitir, em uma rede social, o atentado cometido por adolescente de 17 anos contra um homem em situação de rua na Zona Oeste do Rio. O menor foi apreendido nesta quinta-feira (20); já a vítima segue internada com queimaduras no Hospital Municipal Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca.
A identidade do militar não foi divulgada. Segundo as investigações, ele estava junto do menor, na última terça (18), quando o adolescente começou a incendiar o morador em situação de rua. O suspeito preso nesta sexta (21) teria filmado o momento em que a vítima é atingida por dois coqueteis molotov e transmitido o crime ao vivo para usuários da plataforma online Discord.
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A investigações indicam que o crime foi motivado por uma aposta feita por um terceiro suspeito, ainda não identificado. Ele teria pago 2 mil reais para o adolescente. O menor foi apreendido após familiares o identificarem nas imagens do atentado. No telefone dele, os policiais encontraram arquivos de abuso sexual infantil e indícios de sua participação em um grupo online dedicado à incitação a crimes de ódio.
Ele foi autuado por fatos análogos aos crimes de tentativa de homicídio triplamente qualificado, associação criminosa, apologia ao nazismo e armazenamento de conteúdo pornográfico infantil. A Delegacia da Criança e Adolescente Vítima (Dcav) segue investigando o caso.
O homem em situação de rua foi identificado como Ludierley Satyro José, de 46 anos. Ele foi internado no Hospital Lourenço Jorge e, apesar das queimaduras por todo o corpo, tem quadro de saúde considerado estável. A previsão de alta não foi divulgada.