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Dos campos para as telas: A relação do Fluminense com o Oscar

Neste domingo de Carnaval, a torcida tricolor pode comemorar outra conquista

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 02 de março de 2025 - 13:11
O filme, que tem a participação de Fernanda Montenegro, outra tricolor, também concorre a uma estatueta
O filme, que tem a participação de Fernanda Montenegro, outra tricolor, também concorre a uma estatueta -

O Fluminense não tem Mundial, mas é o único time brasileiro com um Oscar. E neste domingo de Carnaval, a torcida do time carioca pode comemorar outra conquista: Fernanda Torres, declaradamente tricolor, concorre ao prêmio de Melhor Atriz pelo filme "Ainda Estou Aqui". O filme, que tem a participação de Fernanda Montenegro, outra tricolor, também concorre a uma estatueta. 

A atriz disputa o Oscar por sua atuação no longa dirigido por Andrucha Waddington, que narra a história de uma mulher lidando com a perda da mãe e sua própria trajetória. A performance de Fernanda já foi reconhecida com o Globo de Ouro, aumentando as expectativas para a premiação deste domingo. Mas se você não está entendo a relação do Oscar com o futebol eu vou te explicar. 

A relação do clube com o Oscar começa em 1960, quando "Orfeu Negro" venceu na categoria de Melhor Filme Estrangeiro. A produção franco-brasileira, baseada na peça "Orfeu da Conceição" de Vinicius de Moraes, trouxe para o protagonismo Breno Mello, então jogador do Fluminense.

Mello, que havia chegado ao Rio de Janeiro em 1958 para atuar pelo clube, viu sua trajetória mudar de forma inusitada. Durante um jogo de futebol na praia, foi abordado pelo cineasta francês Marcel Camus, que enxergou nele o intérprete ideal para o papel de Orfeu. O atleta aceitou o convite e, entre treinos e gravações, viveu o personagem que deu ao Fluminense uma conexão única com o prêmio mais cobiçado do cinema mundial.


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O filme, além de vencer o Oscar, também conquistou a Palma de Ouro no Festival de Cannes. Apesar de toda a ambientação brasileira, a produção foi oficialmente premiada como francesa, devido ao financiamento europeu e à nacionalidade do diretor.

Curiosamente, "Orfeu Negro" também contou com a participação de outro atleta: Adhemar Ferreira da Silva, bicampeão olímpico no salto triplo, que interpretou a Morte no longa.

Agora, 64 anos depois, a tradição tricolor no Oscar pode ser reforçada com Fernanda Torres. Filha de Fernanda Montenegro e Fernando Torres, ambos torcedores apaixonados do Fluminense, a atriz já teve fases de flerte com o Flamengo, mas reassumiu seu lado tricolor em 2008, antes da final da Libertadores contra a LDU. Desde então, mantém uma relação próxima com o clube, embora tenha ganhado a fama de "pé-frio" após a derrota daquela decisão.

Com o Oscar e o Carnaval coincidindo neste domingo, a torcida do Fluminense tem mais um motivo para acompanhar a maior premiação do cinema com atenção. Se Fernanda Torres vencer, o Tricolor das Laranjeiras poderá, mais uma vez, se orgulhar de ter um Oscar em sua história.

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