Instagram Facebook Twitter Whatsapp
Dólar R$ 6,045 | Euro R$ 6,6719
Search

Grupo da Região dos Lagos, levado para o Espírito Santo, é resgatado

Doze pessoas receberam falsa proposta de emprego e estavam sendo submetidas a trabalho escravo

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 09 de abril de 2025 - 22:01
As pessoas foram levadas à delegacia para registrar um Boletim de Ocorrência
As pessoas foram levadas à delegacia para registrar um Boletim de Ocorrência -

Um grupo de 12 pessoas em situação de rua, de Cabo Frio, na Região dos Lagos do Rio de Janeiro, foi deixado no Centro de Linhares, no Norte do Espírito Santo, na tarde de terça-feira (8). Segundo a Prefeitura de Linhares, as vítimas foram levadas com promessas enganosas de emprego na colheita de café.

As pessoas foram levadas à delegacia para registrar um Boletim de Ocorrência. Imagens do cerco eletrônico municipal identificaram o micro-ônibus utilizado, que estava sem identificação. As informações foram encaminhadas à Delegacia Regional de Linhares.

Seis das 12 vítimas foram acolhidos pela Casa de Acolhida São Francisco de Assis; os demais foram levados ao Grupo Resgate, no distrito de Farias. Todos receberam banho, alimentação e atendimento médico.


Leia também

CBF define em sorteio os confrontos da terceira fase da Copa do Brasil 2025 

Brasil vira no fim e vence EUA no futebol feminino após mais de dez anos


A Secretaria Municipal de Assistência Social iniciou uma busca por familiares. Um dos acolhidos que é da Bahia, já teve a família localizada e será reintegrado com apoio da prefeitura. A pasta também disponibilizou o número (27) 98115-2740 para contato com familiares.

O prefeito de Linhares, Lucas Scaramussa, conversou com um dos homens do grupo. Ele relatou que estava em situação de rua e aceitou a proposta de viagem com a promessa de emprego e alojamento.

A Prefeitura de Cabo Frio afirmou que as 12 pessoas não são naturais nem residentes da cidade. Segundo a nota oficial, muitos vieram do Espírito Santo durante a alta temporada e usaram os serviços da Casa de Passagem.

Ainda de acordo com a prefeitura, os próprios envolvidos expressaram desejo de retornar ao estado de origem, e assinaram autorizações permitindo o transporte, sem qualquer promessa de trabalho ou intermediação com empregadores.

A Polícia Civil informou que está analisando a conduta dos envolvidos, mas até o momento não identificou crime que justifique atuação direta da corporação.

O Ministério Público do Espírito Santo (MPES) acompanha o caso e atua em duas frentes, identificação das vítimas para possível reintegração familiar e investigação das circunstâncias do transporte. A Promotoria de Justiça de Cabo Frio também foi acionada.

O MPES se reuniu com representantes da Secretaria de Assistência Social de Linhares, nesta quarta-feira (9), para alinhar estratégias e garantir os direitos das vítimas, e responsabilizar eventuais autores do abandono.

Matérias Relacionadas