Chefes do tráfico em Niterói e São Gonçalo voltam para presídios do Rio

Por Renata Sena

A lista de criminosos de alta periculosidade que estão retornando dos presídios federais para as unidades prisionais do Rio de Janeiro está cada vez maior. Desde 2017, a justiça vem autorizando o retorno desses criminosos para o Rio. Até agora, mais de 40 traficantes e milicianos já foram trazidos para o Estado.

Há um ano, traficantes como José Ricardo Couto da Silva, o Ricardo Paiol, - líder do tráfico em diversas comunidades de Itaboraí e do Morro do Turano, no Rio -, Luiz Cláudio Gomes, o Pão com Ovo, - ‘chefão’ da Nova Brasília, no Fonseca, em Niterói-, e Wallace Batista Soalheiro, o Pixote, - líder do tráfico no Complexo da Coruja, em Neves, da Chumbada, no Galo Branco, e um dos nomes mais fortes do Comando Vermelho em São Gonçalo -, já haviam sido transferidos para o Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, Zona Oeste do Rio.

No último mês de abril, Tiago Rangel da Fonseca, o TH, do Jardim Catarina, Bruno Coutinho, o Brunaldo, um dos frentes da Chumbada e do Menino de Deus, e Luiz Paulo Gomes Jardim, o Paulinho Madureira, um dos nomes mais antigos do CV atuante em São Gonçalo e apontado como ‘chefão’ do Buraco do Boi, em Niterói, e Menino de Deus, em São Gonçalo, também foram transferidos para unidades de Bangu.

As últimas tranferências, que tenham relações com crimes dessa região, foram de Carlos Vinícius Lírio da Silva, Cabeça, apontado como chefão da Favela do Sabão, em São Lourenço, Niterói, e Lindomar de Oliveira Brant, o Dodô do Complexo das Retas, em Itaboraí. As transferências foram autorizadas pela Vara de Execuções Penais (VEP) depois que a justiça alegou que o Ministério Público (MP) e a polícia não apresentaram novos fatos que justificassem a permanência desses homens em unidades federais.

Além dos criminosos citados, chefes do tráfico de comunidades do Rio e milicianos também foram trazidos.