Pólvora em garrafa de refrigerante causou explosão que destruiu família em SG
Caso aconteceu em dezembro, no Engenho do Roçado
A explosão que causou a morte de três membros da mesma família em dezembro do ano passado, em uma residência no Engenho do Roçado, em São Gonçalo, ganha novos contornos a partir da investigação realizada por policiais da 75ªDP (Rio do Ouro) e da perícia realizada pelo Esquadrão Antibombas.
A conclusão foi de que a ‘bomba’, como vinha sendo noticiada, na verdade era pólvora usada em centros espíritas, que foi deixada dentro de um frasco de refrigerante. O que fez a pólvora entrar em combustão, segundo o laudo, teria sido o impacto de uma enxada nessa garrafa.
“A lesão causada nas três vítimas foi por conta do vapor da pólvora e o deslocamento de ar quente que foi emitido no momento que a enxada usada por uma das vítimas, o Rafael, atingiu a garrafa. O caso foi registrado como homicídio culposo, quando não há intenção de matar e foi arquivado momentaneamente”, disse um dos investigadores da 75ªDP (Rio do Ouro).
O inquérito foi encaminhado ao Ministério Público. Agora, a Polícia Civil aguarda para continuação do trabalho de investigação. Uma das linhas que os agentes ainda tentam definir, é quem teria deixado a garrafa com pólvora na residência.
“A perícia realizada pelo Esquadrão Antibombas foi muito bem feita e elucidativa. Era um explosivo que não tinha fins explosivos, pois não tinha estopim. Estamos investigando para saber o motivo dela ter estado armazenada no local”, concluiu o investigador.
Recordando - O casal Myllena Oliveira, de 20 anos, e Rafael Ferreira, 19, e a mãe da jovem, Célia Campos, 48, realizava o sonho de comprar uma casa própria para morarem juntos. No dia 2 de dezembro, quando faziam a limpeza para a mudança, houve uma explosão na residência, que ficou completamente destruída.
As três vítimas foram internadas em estado gravíssimo no Hospital Estadual Alberto Torres (Heat), mas não resistiram aos ferimentos.
O antigo dono da casa era um soldado da PM, de 26 anos lotado na Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da Formiga, no Rio, que morou no local com a família até meados de 2017. Durante quatro meses, a casa do policial foi usada pelo tráfico de drogas como boca de fumo. O fato aconteceu após os próprios traficantes expulsarem o soldado da residência.