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Polícia investiga milícia na Região Oceânica de Niterói

Atuação de milianos é algo novo para os agentes

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 17 de abril de 2019 - 08:29
Policiais da DHNISG investigam se homem morto com mais de 30 tiros, em Piratininga, em novembro, teria sido vítima da milícia
Policiais da DHNISG investigam se homem morto com mais de 30 tiros, em Piratininga, em novembro, teria sido vítima da milícia -

Por Sérgio Soares

A Divisão de Homicídios de Niterói, Itaboraí e São Gonçalo (DHNISG) tenta identificar os pivôs de um conflito entre diferentes grupos de milicianos que estão agindo na Região Oceânica de Niterói. As investigações começaram a partir de novembro do ano passado, com a morte de um homem, com cerca de trinta tiros, em plena luz do dia, num dos pontos mais movimentados de Piratininga.

O crime aconteceu na tarde do dia 24 de novembro de 2018, na Rua 7 na rótula do Cafubá, em Piratininga. Nem a proximidade com a sede da Companhia do 12ºBPM (Niterói) na região intimidou os criminosos, que estariam em uma moto e emparelharam com o carro de passeio dirigido pela vítima, que estava em companhia da mãe, sentada no banco do carona. Atingido no pescoço e no tórax, o motorista do veículo, uma caminhonete Montana branca, foi socorrido por bombeiros até o Hospital Estadual Azevedo Lima (Heal), no Fonseca, mas acabou morrendo no dia seguinte.

Inicialmente registrado na 81ªDP (Itaipu), o caso foi transferido para a DHNISG após o óbito. A mãe da vítima ficou ferida, mas sobreviveu ao atentado. Uma pedestre que passava pelo local foi atingida de raspão pelos disparos, mas não procurou nenhuma unidade de saúde.

Como todos os tiros foram direcionados ao motorista, os responsáveis pelas investigações acreditam que apenas ele seria o alvo dos autores do atentado. A investigação tenta descobrir se a vítima integraria um dos dos grupos envolvidos na disputa.

A atuação de milicianos na Região Oceânica de Niterói representa algo novo para os investigadores. A disputa por territórios tem sido comum entre grupos rivais de traficantes de drogas em outra região de Niterói: a Zona Norte da cidade.

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