Morte do jornalista Romário Barros ainda é mistério para a Polícia
Crime foi cometido na cidade de Maricá
Por Alan Emiliano*
Duas semanas após o assassinato do jornalista e proprietário do portal de notícias ‘Lei Seca Maricá’, Romário Barros, familiares, amigos e autoridades lamentam a falta de informações sobre as investigações do crime. A polícia ainda continua sem pistas sobre a autoria e motivação da morte, ocorrida no último dia 18 de junho, no bairro Araçatiba, em Maricá.
Um dos integrantes da equipe do ‘Lei Seca Maricá’ revelou que os profissionais do portal estão retomando os trabalhos, mas que sofrem com o medo de serem alvos dos criminosos.
“Confiamos plenamente na investigação da polícia, mas estamos querendo saber informações sobre a morte do nosso amigo. Até agora, ninguém nos passou nada. É um sentimento muito difícil de ser controlado, queremos que a investigação avance para descobrirmos o porquê disso tudo ter acontecido com uma pessoa ímpar como era o Romário”, disse um integrante da equipe do ‘Lei Seca Maricá’.
A mulher de Romário Barros, Islay Monnerat, afirmou ter plena confiança na polícia para encontrar os responsáveis pela morte do marido, que sonhava em ter um filho e estava planejando isso para o segundo semestre deste ano.
“Já se passaram duas semanas do crime e ainda não tivemos nenhuma pista sobre quem pode ter matado o meu marido. Mas confio plenamente na investigação da polícia. Sei que eles vão encontrar os responsáveis por essa barbárie”, afirmou a esposa de Romário Barros.
Questionada sobre o andamento das investigações e os próximos passos a serem realizados, a Polícia Civil afirmou que o trabalho segue em sigilo e que estão sendo ouvidos depoimentos de testemunhas e analisadas as imagens das câmeras de segurança do local do crime.
Autoridades pedem empenho - A morte de Romário Barros foi a segunda envolvendo proprietários de sites de notícias de Maricá, em um período de menos de um mês. Robson Giorno, de 45 anos, dono do jornal O Maricá e pré-candidato a Prefeitura de Maricá para as eleições de 2020, pelo partido Avante, foi assassinado no dia 25 de maio, no bairro Boqueirão, em Maricá. Os crimes repercutiram e autoridades cobraram publicamente um empenho nas investigações dos dois casos. A Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) divulgou nota expressando indignação com a morte dos jornalistas, pedindo urgência nas investigações.
“Exigimos das autoridades competentes celeridade na apuração dos casos, para que a população de Maricá e, em especial, os familiares dos jornalistas e a categoria possam ter uma resposta do Estado”, diz a nota.
O prefeito de Maricá, Fabiano Horta (PT), foi até a sede da Polícia Civil, no Rio de Janeiro, um dia após o crime, e pediu total empenho nas investigação. Ontem, a Prefeitura de Maricá afirmou que confia nas investigações da polícia.
“A investigação do crime é uma atribuição exclusiva das autoridades judiciárias e não cabe à Prefeitura se posicionar, ainda mais sobre uma apuração na qual o sigilo é parte fundamental do sucesso. A Prefeitura confia que o trabalho da polícia chegará aos responsáveis”, afirmou o Executivo.
*Estagiário sob supervisão de Sérgio Soares