Empresário é preso depois de amarrar morador de rua em carro e arrastá-lo até a morte
A motivação do crime teria sido um furto de quentinhas de restaurante
Nesta terça-feira (27), o dono de um restaurante foi preso suspeito de ter matado um morador de rua em São Luís (MA). A vítima em situação de rua foi amarrada em um carro e arrastada por 1 km por várias ruas da cidade. De acordo com a Polícia Civil, o crime teria sido estimulado pelos diversos furtos que o morador de rua, identificado como Carlos Alberto Santos, de 36 anos, realizou no estabelecimento do empresário. Além do dono do restaurante, um vigilante também foi detido.
O delegado Felipe César Mendonça, do Departamento de Proteção à Pessoa, comunicou que o crime aconteceu em torno das 2h do dia 17 de maio deste ano. Entretanto, a gravação da câmera de segurança que expõe o crime só foi revelado nesta quarta-feira (28).
A Polícia conseguiu imagens que mostram o morador de rua amarrado na parte de trás de uma Hilux. Em determinada parte, o empresário aparece bebendo água enquanto a vítima pode ser notada no asfalto, na traseira do veículo. Outro trecho mostra o motorista dando marcha-a-ré e passando o carro sobre o homem amarrado.
Segundo o delegado, em entrevista ao UOL, a vítima foi arrastada do centro da cidade até avenida Beira Mar. "O corpo foi encontrado bastante machucado e com sinais de que foi arrastado. As imagens falam por si, o rapaz estava sofrendo, se debatendo e o motorista, com muita frieza, tranquilamente bebe água, e segue com o corpo por um percurso de um quilômetro. É um crime bárbaro com requinte de crueldade.", afirmou o delegado.
Os nomes dos presos não foram divulgados pela Polícia de São Luís. O delegado declarou que na época do crime, familiares identificaram o corpo do morador da rua e foi revelado que ele era usuário de droga. O empresário, que é dono de três restaurantes da cidade, havia escapado, a princípio. Contudo, ele foi encontrado na terça (27) em uma oficina mecânica com o mesmo carro do crime.
O empresário irá responder pelos crimes de tortura e homicídio. "Informalmente, para a Polícia ele confessou o crime, mas ao ser questionado no inquérito, ele resolveu ficar em silêncio", informou o delegado.