Pastor que concorre a vereador é preso por envolvido em facção criminosa
Ao todo, a operação busca prender sete dos 22 envolvidos
O pastor Elisamar, mais conhecido como Elisamar Miranda Joaquim, foi preso na última segunda-feira (26), acusado de ser o chefe do tráfico de drogas do Complexo do Roseiral, em Belford Roxo. O pastor estava concorrendo à eleição deste ano como candidato a vereador do município pelo PDT. Ele foi preso na Operação Itália e ele usava de seu grupo criminosos para conseguir votos e oprimir outros candidatos para não fazerem campanha política na região.
Elisamar Miranda foi um dos sete detidos na Operação Itália, que tinha como objetivo cumprir os mandados expedidos pela 1ª Vara Criminal de Belford Roxo. A Operação Itália desejava prender apenas sete dos 22 denunciados de participarem do grupo criminoso de Elisamar, que ainda realizava o tráfico de entorpecentes da região. Além disso, serão cumpridos mais 24 mandados de busca e apreensão contra os envolvidos na operação em questão. A Operação Itália está sendo feita pela Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), juntamente com o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado(Gaeco), do Ministério Público do Rio (MPRJ).
O grupo de Elisamar ainda extorquia comerciantes, cobrava "taxa" de motoristas de vans para eles circularem na comunidade, explorava moradores dos conjuntos habitacionais e ainda monopolizavam a venda de cestas básicas, água e gás. Aqueles que não pagassem suas taxas, teriam os serviços cortados e podiam até ser expulsos da localidade.
Foi através da gravação de ligações telefônicas que a polícia conseguiu descobrir as ameaças e extorsões à outras pessoas. Foi possível também, com a autorização da Justiça, descobrir como funcionava a hierarquia do grupo e quem fazia cada função.
O grupo nem sempre foi comandado por Elisamar. Ele assumiu o comando depois que seu irmão, Eliezer Miranda Joaquim, o 'Criam', foi preso. O Criam, por sua vez, recebeu o comando do grupo após a prisão de Cremilson Almeida de Souza, o 'Coroa', que foi preso em março deste ano pelos agentes da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense.
Também existem outros denunciados no caso, como Ronaldo Lisboa Azevedo, o 'Gordinho', Jonata Gomes da Silva, o 'Tobinha' ou 'Paraíba', e Leone da Silva Souza, que também possuíam posições de liderança no grupo. Além destes, ainda estão envolvidos Marcus Vinicius Maia de Melo ('Vinicius'), Guilherme Caíque Santos Silva ('Babuíno' ou '2b'), Igor Assunção Ramos ('Ch' ou 'Cachorrão'), Diego da Silva Freire ('DG'), Esmael Flavio Vieira da Silva, Gabriel Timóteo de Andrade ('GB'), Wirlley dos Santos ('Jamaica'), Rodrigo da Silva Ferreira ('Neguinho'), Bruno de Souza, Alexandre Lopes De Oliveira ('Baiano'), Darley Soares de Souza ('Tatá'), Thais Martins Leite da Silva, Ingrid da Costa dos Santos, Lidia Guimaraes Lima Alves, Jurandir do Nascimento da Silva e Alexandre Aleixo dos Reis ('Xandão').