PMs são absolvidos por morte de dançarino do programa 'Esquenta'
Douglas Rafael da Silva Pereira, o 'DG', foi encontrado morto no Morro do Pavão-Pavãozinho durante uma operação em 2014
Sete policiais militares, réus no processo da morte de Douglas Rafael da Silva Pereira, o DG, dançarino do extinto programa 'Esquenta', apresentado por Regina Casé, foram absolvidos pelo 1º Tribunal do Júri do Rio. O julgamento aconteceu na última nesta quarta-feira (16).
DG morreu no Morro Pavão-Pavãozinho, na Zona Sul do Rio, durante uma operação da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da comunidade, em abril de 2014. Na época, amigos do dançarino afirmaram que ele havia sido confundido com um traficante.
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Apontado como o autor do disparo que matou DG, o policial Walter Saldanha Correa Junior foi inocentado. Ele chegou a ser preso logo após a morte do dançarino mas, em 2015, sua defesa conseguiu um habeas corpus. Durante todo esse tempo, o agente aguardou o julgamento em liberdade.
Enquanto isso, os PMs Rodrigo Vasconcellos de Oliveira, Rodrigo dos Santos Bispo, Rafael D'Aguila do Nascimento, Alessandro da Silva Oliveira, Eder Palinhas Ribeiro e Evandro dos Santos Dias foram absolvidos da acusação de falso testemunho.
Os jurados decidiram pela absolvição dos sete policiais militares por unanimidade. A sentença foi assinada pela juíza Alessandra da Rocha Lima Roidis.
Morte de DG
O corpo de Douglas Rafael, que trabalhou por quatro anos no programa Esquenta, da TV Globo, foi encontrado nos fundos de uma creche no Pavão-Pavãozinho. Ele foi atingido por um tiro nas costas. O projétil destruiu o pulmão do rapaz, que tinha 26 anos, e a parte de cima do braço direito. A causa da morte, segundo laudo confeccionado pelo Instituto Médico-Legal (IML), foi hemorragia interna.
Segundo as investigações, mesmo ferido, DG saltou de lajes e muros em frente, para fugir dos disparos. O rapaz foi visto andando de forma cambaleante e caindo até chegar a um muro onde caiu. O corpo estava com a camisa pelo avesso. De acordo com relatos de amigos, ele havia ido ao Pavão-Pavãozinho para visitar a filha, na época com 4 anos.