Deputados votam projeto de lei que proíbe casamento homoafetivo
Comissão de Previdência da Câmara dos Deputados analisa texto contra união entre pessoas do mesmo sexo nesta quarta-feira (27)
A Comissão de Previdência da Câmara dos Deputados vota, nesta quarta-feira (27), o projeto de lei que proíbe o casamento entre pessoas do mesmo sexo no país. A apreciação ocorre uma semana após sessão marcada por bate-bocas entre os parlamentares. A expectativa, diante de uma comissão majoritariamente conservadora, é que o texto seja aprovado sem obstruções. Para ir ao plenário da Casa, contudo, o PL deve passar antes por comissões como a de Direitos Humanos e de Constituição e Justiça.
Mesmo com perspectiva de aprovação, a ala governista espera que o texto seja travado nas próximas comissões.
Leia também
➢ É possível? Entenda o projeto de lei que tenta proibir a união civil homoafetiva
➢ Bolsonaro vira réu por incitação ao estupro
Votação após adiamentos e brigas
A votação chegou a ser adiada por três vezes na comissão. Na última sessão, no dia 19, os deputados chegaram ao acordo de votar apenas após a realização de uma audiência pública com presença de especialistas, que aconteceu na terça-feira (26). Antes de chegarem a um consenso, os membros da comissão trocaram gritos e ofensas. A sessão ficou parada por cinco minutos devido ao ânimo alterado dos parlamentares.
Um dos deputados, o Pastor Sargento Isidório (Avante-BA), foi acusado de agir de forma transfóbica na sessão com a colega de comissão deputada Erika Hilton (PSOL-SP), que é travesti. Após Hilton referir-se à fala de Isidório como "absurdo", o deputado repete por diversas vezes "a Bíblia não é absurdo, meu amigo", a chamando no pronome masculino mesmo após ela e outras parlamentares o corrigirem.